Artigos

Artigos


A NEUROCIRURGIA: CONHEÇA A ROTINA E OS DESAFIOS DESSA ESPECIALIDADE

1) O que é?

A Neurocirurgia é uma especialidade médica que se ocupa do tratamento de adultos e crianças portadores de doenças do sistema nervoso central e periférico No Brasil, após o término regular do curso de Medicina de seis anos, é necessário fazer uma residência que compreende mais 5 anos de estudos com prática clínica e cirúrgica, para que se possa ser neurocirurgião. O programa oficial de Residência Médica é definido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. O programa é de acesso direito e após o término pode ainda haver 1 ou mais anos opcionais dentro do programa da residência, caracterizando as subespecialidades da neurocirurgia.


2) Como é o dia a dia?

As atividades dividem-se em consultório, visitas em enfermaria e leitos de unidade intensiva e os procedimentos cirúrgicos, que são o grande diferencial da especialidade.


3) Oportunidades de trabalho:

Para ingressar no mercado de trabalho, várias decisões devem ser tomadas, tanto no curto quanto no longo prazo, levando-se em consideração a realização profissional, o ganho financeiro e a satisfação pessoal. Levar em consideração que seguir uma carreira plena na Neurocirurgia é necessário ter infraestrutura mínima de tecnologia e recursos humanos. A carreira no sistema público de saúde e nos serviços suplementar são opções viáveis.


4) Número de especialistas:

No momento, temos aproximadamente 2.800 neurocirurgiões registrados pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.


5) Curiosidade(s):

A tecnologia está presente na neurocirurgia, e pra quem gosta, está na especialidade certa. Um exemplo é a interface cérebro-máquina, onde computadores podem desempenhar funções, antes perdidas, como mover um braço mecânico ou mesmo a utilização de implantes eletrônicos cerebrais com a capacidade de estimular ou inibir funções cerebrais auxiliando no tratamento de doenças.


6) Área de atuação:

A Neurocirurgia pode ser dividida em diversas subespecialidades e o profissional com formação adequada está apto a atuar em todas as áreas assim que termina seu treinamento. No entanto, por aptidão ou interesse, o neurocirurgião trilha seu próprio caminho, adquirindo experiência em uma ou outra área: coluna, base de crânio, vascular, neurointesivismo, neurocirurgia pediátrica, nervos periféricos, base de crânio, funcional.


7) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:

É errôneo imaginar que o médico neurocirurgião, pela própria denominação do nome “cirurgião”, não tem contato próximo ou não cria vínculos como o paciente. A relação médico-paciente não inicia-se nem termina no procedimento cirúrgico. Lidar com um paciente neurocirúrgico possibilita ao médico o contato com o que há de mais humano, a vida, as dificuldades do diagnóstico de patologias graves e a relação com os familiares. Saber conversar, explicar e escutar seu paciente são habilidades necessárias para o neurocirurgião, assim como tomar decisões em conjunto com uma equipe multiprofissional. A Neurocirurgia é uma especialidade que possibilita realização profissional e pessoal, mas que demanda compromisso e qualificação.



CERVICALGIA

A dor na cervical é muito comum e provavelmente um dia você também sofrerá desse problema. São muitas as possíveis causas dessa condição e em grande parte dos casos a dor desaparece com o tempo. Em alguns casos a dor se prolonga durante meses ou anos, tornando-se crônica.

Existem diferentes condições que podem causar dor na região cervical como contraturas musculares, doenças degenerativas da coluna (hérnia de disco) e etc.


Maioria das dores são originadas por contraturas musculares e essas dores normalmente melhoram espontaneamente. Posturas inadequadas no dia a dia no ambiente de trabalho, em casa assistindo uma TV, o hábito das pessoas ficarem o tempo todo com a cabeça para baixo olhando um celular ou tablete. Essas condições colaboram para o aparecimento de dores na região da cervical.

Com o passar dos anos a nossa coluna sofre uma degeneração natural de suas estruturas e em muitos casos surgindo a famosa hérnia de disco. Nossa cervical é formada por sete vértebras e entre cada uma dessas vértebras situam-se os discos intervertebrais que funcionam como se fosse um amortecedor. Com o passar dos anos esse disco pode se desgastar e pode ocorrer o seu deslocamento, havendo esse deslocamento do seu material interno e atingindo uma raiz nervosa, pode gerar um quadro de dor.


Tratamento

Deve-se procurar um médico neurocirurgião para a realização de um diagnóstico apropriado. A avaliação médica é muito importante para identificar a origem da dor e indicar o melhor tratamento.

Normalmente o tratamento inclui o uso de medicações, fisioterapia, RPG, acupuntura e outros procedimentos intervencionistas como Radiofrequência, bloqueios e em alguns casos cirurgia.



ARTRODESE X ARTROPLASTIA - SAIBA COMO TRATAR A HÉRNIA DE DISCO CERVICAL.

Qual a diferença? Qual o melhor tratamento?

Só para vocês entenderem um pouco mais, nossa coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea.

No momento focaremos mais na região cervical que são divididas em 7 vértebras.

Normalmente a coluna cervical e a lombar são as regiões mais afetadas por uma hérnia.

Existe uma grande mobilidade nessas duas regiões da coluna que com o passar do tempo sofrem um maior desgaste natural.


Vejam na imagem abaixo que existe uma grande protusão na coluna cervical no nível C7/T1 e uma protusão menor em C5/C6. Elas estão circuladas em caneta. Essa saliência maior saindo significava que o núcleo pulposo interno do disco ficou enfraquecido e já estava tocando o saco dural que é esse feixe na cor branca e já estava também muito próximo da medula que é o feixe interno mais escuro.

A vértebra C7 é a última vértebra da cervical e a T1 é a primeira vértebra da região torácica.

Todas essas vértebras podem ser afetadas por uma protusão ou hérnia, sendo que normalmente o nível mais afetado é C5/C6.

Para esse paciente foram realizados algumas tentativas de tratamento antes de pensarmos na possibilidade de uma intervenção cirúrgica.

A 1º tentativa foi um bloqueio cervical ou infiltração na coluna.

A infiltração na coluna normalmente costuma trazer alívio da dor e melhora da movimentação da coluna e ainda ajuda o neurocirurgião a identificar a estrutura exata responsável pela dor quando o paciente apresenta mais de um desgaste.

Dessa maneira, cirurgias mais “agressivas” podem ser evitadas e, com a identificação da estrutura causadora da dor, novos bloqueios podem ser direcionados para esta região ou até mesmo a indicação de procedimentos minimamente invasivos, como os tratamentos por radiofrequência que falaremos mais adiante.

As infiltrações normalmente são realizadas no centro cirúrgico com auxílio de equipamentos de imagem para poder localizar com precisão os pontos específicos da coluna.

O procedimento está indicado para pacientes com dor na coluna cervical, torácica e lombar, acompanhada ou não de dor/formigamento nos membros (dor nos braços acompanhado da dor cervical e dor nas pernas acompanhado de dor lombar).

Geralmente dois medicamentos são utilizados no bloqueio, um anestésico local e um corticóide.

A infiltração é realizada com anestesia local e o procedimento dura cerca de 30 minutos.

Caso a infiltração seja na coluna lombar o paciente se posiciona de bruços e caso seja na cervical pode variar de acordo com o local a ser infiltrado. Durante o procedimento o paciente pode conversar com o neurocirurgião e relatar qualquer desconforto que esteja sentindo. Não existe corte no procedimento e a maioria dos pacientes já conseguem trabalhar no dia seguinte.

Para esse paciente foram realizados 3 bloqueios e ele apresentava uma melhora da dor no máximo por 15 dias.

A próxima tentativa de tratamento foi utilizado a Radiofrequência.

A Radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo realizado em centro cirúrgico com sedação e que se tornou uma grande esperança para os tratamentos de dor na coluna como um todo.

Este procedimento está indicado como tentativa para pacientes que não melhoram com tratamento clínico, bloqueios e não querem ser submetidos a cirurgias abertas.

A Radiofrequência é um aparelho que leva a lesão de ramos nervosos responsáveis pela dor e ela funciona através do calor, causando lesão térmica nas estruturas alvo.

Para o procedimento na coluna lombar o paciente fica de bruços e para coluna cervical a posição pode variar de acordo com a estrutura alvo. É realizada uma sedação endovenosa e uma anestesia no local que será introduzida as agulhas.

As agulhas são inseridas e posicionadas com muita precisão com o auxílio de equipamento de imagem. Não existe corte e o procedimento dura cerca de 40 minutos e, logo após o paciente está liberado para ir para casa.

Segue abaixo exemplo de um equipamento de Radiofrequência.


Após o procedimento de Radiofrequência, o mesmo apresentou melhora apenas por algumas semanas e praticamente foram esgotadas as tentativas de tratamento sem cirurgia aberta.


Para esse paciente ainda jovem na faixa dos 40 anos de idade, existiam duas formas de tratamento cirúrgico. Artrodese ou Artroplastia.

Qual a diferença?

Se um ou dois discos na coluna cervical estão lesionados e os pacientes estão sofrendo de dores no pescoço e principalmente dores ao longo dos braços devido a compressão neurológica por hérnia de disco, pode haver indicação de um procedimento cirúrgico com colocação de prótese de disco chamado artroplastia.

Essa técnica envolve a retirada do disco doente e a colocação de um novo, artificial, sem perda do movimento no segmento envolvido.

Essa técnica é muito similar a técnica tradicional de artrodese, a diferença reside que no fato de a prótese preservar o movimento no segmento envolvido, diferente da artrodese que promove a fusão e perda do movimento. Uma das vantagens da artroplastia é que não promove a sobrecarga nos níveis adjacentes, portanto diminui o risco de ocorrer hérnia em outros níveis da coluna. Outra vantagem na artroplastia é que não necessita de placa, parafuso e enxerto ósseo, diferente da artrodese que já requer. Não há também a necessidade de uso de colar cervical pós-operatório e o paciente já está liberado para mover livremente o pescoço logo após o procedimento.

Há portanto alguns critérios que devem ser seguidos para que o paciente seja candidato a uma prótese cervical, entre eles a preservação da altura discal, ausência de artrose facetária e ausência de osteófitos(bicos de papagaio), fatores que impossibilitam o encaixe adequado da prótese.

Apenas o seu neurocirurgião será capaz de avaliá-lo para saber qual a melhor técnica no seu caso.

Nesse caso havia a possibilidade de realizar artroplastia e o mesmo foi feito em dois segmentos da cervical conforme a imagem abaixo C5/C6 e C7/T1.

Imagem das próteses logo após o procedimento.

Veja na foto ao lado um exemplo de artrodese.


Repare que nesse procedimento vai placa e parafuso nas vértebras, além do enxerto colocado entre as vértebras.

Ambos procedimentos citados geram um bom resultado, sendo que em resumo a artroplastia é uma opção utilizada em casos onde o desgaste da coluna não é tão avançado. Nos casos de desgaste maior, deve ser realizada a cirurgia de artrodese.



ALIMENTAÇÃO E ENXAQUECA

A enxaqueca é uma doença crônica que geralmente acompanha suas vítimas por toda a vida. Há na doença, com certeza, um componente genético que torna determinadas pessoas “condenadas” à enxaqueca, mas isso não significa que os enxaquecosos estejam condenados permanentemente à dor. Segundo os neurologistas, o tratamento nem sempre é fácil, mas a enxaqueca pode ser evitada, administrada e muitas vezes curada. O importante é conhecer os gatilhos que desencadeiam a dor.

Muitas enxaquecas são desenvolvidas pelos alimentos que ingerimos no dia-a-dia. O mundo moderno, vida agitada e a falta de tempo fizeram com que as pessoas criassem o hábito de consumir comidas de restaurantes fast-food reforçando a ideia de que comer é perda de tempo e, portanto, deve ser feito o mais rápido possível. O que mais se vende hoje em dia são produtos ricos em carboidratos refinados e açúcar.

Nós somos o que comemos. Por exemplo, você come um frango que hoje deixou de ser natural e se transformou em uma “bomba” de gorduras e hormônios.

Estou citando como exemplo apenas o frango. Quantos outros alimentos foram transformados com o passar dos anos como o leite, peixes criados em cativeiros com ração cheia de aditivos como antibióticos, verduras, frutas e legumes com agrotóxicos e até a nossa própria água.

Muitos médicos desprezam a relação entre alimentação e enxaqueca e muitas vezes a maior farmácia está dentro de nossa própria cozinha.

Gaste mais tempo comendo alimentos saudáveis e se for possível fazendo sua própria comida.


DICAS: Se você tem enxaqueca, procure alimentar-se da seguinte maneira:


  • Exclua o leite do seu dia a dia, mas consuma dos derivados fermentados do leite como iogurtes naturais, queijos brancos e leites fermentados (como Kefir);
  • Evite ao máximo o consumo de pães refinados e doces;
  • Evite o consumo frequente de chocolate;
  • Evite o consumo diário de cafeína que também estão presentes em refrigerantes;
  • Evite o consumo de temperos artificiais como glutamato monossódico (um realçador de sabor muito utilizado nos restaurantes. Os famosos “cubinhos de carne”.
  • Evite o consumo de álcool, bebidas como o vinho e cerveja possuem substâncias chamadas histamina e tiramina, que desencadeiam a enxaqueca.
  • Evite o consumo de alimentos industrializados, podem existir substâncias desencadeantes como corantes e conservantes.
  • Evite o consumo de adoçantes artificiais;
  • Evite o consumo de alimentos gordurosos e fritos;
  • Faça atividade física, durma bem e não fique muito tempo sem se alimentar.



LOMBALGIA – DOR LOMBAR

Muitas pessoas confundem qualquer dor nas costas com algo mais sério.

Dores na região lombar são, cada vez mais, frequentes e afetam não somente pessoas com mais idade, o público mais jovem como por exemplo os adolescentes também manifestam queixas recorrentes de algum tipo de dor. Mas nem toda dor nas costas implica a existência de um problema mais grave na região.

A lombalgia, normalmente, requer maior atenção e acarreta sintomas que sem o tratamento correto podem ser permanentes, prejudicando a qualidade de vida do paciente.

Existem alguns fatores que podem desencadear a lombalgia, portanto a questão postural ainda está entre os principais fatores de risco.

Hábito incorretos de postura ao sentar, deitar, trabalho, lazer e agachar podem ser prejudiciais à coluna.

Outros fatores também podem ser apontados como a causas para o desenvolvimento de uma lombalgia. Podemos apontar as hérnias de disco, artrose escorregamento de vértebra, sedentarismo, obesidade e fatores genéticos.

A lombalgia ocorre na parte inferior da coluna vertebral, sendo que essa dor pode ser aguda ou crônica. A dor aguda dura normalmente entre quatro e seis semanas, enquanto que a dor crônica pode durar toda uma vida apontando um problema mais grave na coluna.

Quando uma dor nas costas dura mais que 12 semanas podemos classificar ela como uma lombalgia crônica e nesse caso precisa ser investigado requerendo a procura de um especialista em coluna(neurocirurgião).

Em minha página no canto superior esquerdo existe um link para meu Instagram ou Facebook. Assista o vídeo que preparei falando sobre lombalgia.



SINAIS E SINTOMAS DOS TUMORES CEREBRAIS/SNC

Sintomas Gerais

Os tumores localizados em qualquer parte do cérebro podem causar aumento da pressão dentro do crânio, conhecida como hipertensão intracraniana. Isto pode ser causado pelo crescimento do tumor, inchaço no cérebro ou bloqueio do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR). O aumento da pressão pode levar a sintomas como


  • Dor de cabeça.
  • Náuseas.
  • Vômitos.
  • Visão turva.
  • Problemas de equilíbrio.
  • Alterações na personalidade ou comportamento.
  • Convulsões.
  • Sonolência.


Celular pode provocar câncer cerebral?

A radiação eletromagnética emitida pelos celulares traz risco à saúde?

O risco de desenvolver câncer devido ao uso de celular ou qualquer outro aparelho eletrônico, como rádios ou microondas é praticamente nulo, porque estes aparelhos utilizam um tipo de radiação com energia muito fraca, conhecida como radiação não-ionizante.

Ao contrário da energia ionizante, usada em máquinhas de raio X ou tomografia computadorizada, a energia liberada pelos celulares não é comprovadamente suficiente para provocar alterações nas células corporais e levar ao surgimento de tumores cerebrais ou câncer em qualquer parte do corpo


Sintomas Específicos

Os tumores cerebrais muitas vezes causam problemas com as funções específicas da região em que se desenvolvem, por exemplo:

Tumores cerebrais nas áreas que controlam o movimento ou sensações podem causar fraqueza ou dormência de parte do corpo, muitas vezes em apenas um lado.

Tumores próximos às áreas responsáveis ​​pela linguagem podem causar problemas na fala ou entendimento do que é falado.

Tumores na parte frontal do cérebro podem, às vezes, causar alterações na personalidade, na linguagem e na forma de pensar.

Tumores cerebrais na área denominada gânglios da base normalmente provocam movimentos anormais e problemas de equilíbrio corporal.

Se o tumor está localizado no cerebelo, que controla a coordenação, a pessoa pode ter problemas para se locomover e de outras funções do cotidiano.

Tumores na parte posterior do cérebro ou em torno da glândula pituitária ou nervo ótico podem causar problemas de visão.

Tumores próximos a outros nervos cranianos podem levar à perda de audição, problemas de equilíbrio, fraqueza de alguns músculos faciais ou dificuldade para engolir.

Tumores da medula espinhal podem causar torpor, fraqueza ou falta de coordenação nos braços e/ou pernas, geralmente em ambos os lados do corpo, bem como perda de controle da bexiga ou intestino.

O cérebro também controla funções de alguns outros órgão e sistemas, como a produção de hormônios, de modo que os tumores cerebrais também podem causar muitos outros sintomas não relacionados aqui.

Se você tiver um ou mais dos sintomas descritos acima, não significa que tem um tumor cerebral ou na medula espinhal. Todos estes sintomas podem ter outras causas.

Ainda assim, se você apresentar quaisquer destes sintomas, consulte um médico para que a causa possa ser investigada e diagnosticada, e, se necessário, iniciado o tratamento.

Clique sobre o ícone do Facebook ou Instagram em minha página e escute o vídeo que preparei sobre Tumores Cerebrais.

Fonte: American Cancer Society (06/11/2017).


O QUE É A ESCOLIOSE?

A escoliose é uma deformidade em curva da coluna vertebral, podendo ou não ser acompanhada de rotação das vértebras, a chamada “giba”.

Existem vários tipos de escoliose, sendo mais frequente estes três:


  • Escoliose congênita (de nascença)
  • Escoliose Neuromuscular
  • Escoliose idiopática


Cada um dos tipos se comporta de uma maneira diferente em termos de evolução.


Causas

Confira as principais causas para os três tipos existentes de escoliose:

  • A escoliose congênita decorre ou de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou de um problema de fusão dos ossos da coluna, podendo ou não estar associado a fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido
  • A escoliose neuromuscular é causada por problemas neurológicos como paralisia cerebral ou musculares que determinam fraqueza muscular, controle precário dos músculos ou paralisia decorrente de doenças como distrofia muscular, espinha bífida e pólio
  • Somente a escoliose idiopática não possui causa conhecida.


Fatores de risco

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna. Alguns fatores são considerados de risco pelos médicos para o desenvolvimento de escoliose idiopática. Confira:


  • Idade: Os sinais e sintomas geralmente começam durante a fase mais acentuada de crescimento, que costuma ocorrer pouco antes da puberdade(dos nove aos 15 anos)
  • Sexo: Embora ambos os sexos possam ser afetados, as meninas possuem um risco muito maior de desenvolver curvaturas anormais na coluna
  • Histórico familiar. A escoliose é mais comum entre membros de uma mesma família que possua antecedentes da deformidade


Sintomas de Escoliose

Há suspeita de escoliose quando um ombro parece estar mais alto do que o outro ou quando a pélvis parece estar inclinada. Um olhar leigo não percebe a curvatura nos estágios iniciais exceto quando o paciente dobra o tronco para a frente e a assimetria entre os lados da coluna fica evidente.

Os principais sintomas da escoliose podem incluir:


  • Ombros ou quadris que parecem assimétricos
  • Coluna vertebral encurvada anormalmente para um os lados
  • Eventualmente desconforto muscular


Buscando ajuda médica

Procure um neurocirurgião se você notar sinais ou sintomas de escoliose em seu filho/filha, principalmente se estiver acompanhado de queixa de dor. Curvas suaves, no entanto, podem se desenvolver sem que ninguém note, pois a deformidade pode progredir lentamente por justamente não causar dor.

Tratamento de Escoliose

O tratamento depende da causa da escoliose, do tamanho e da localização da curvatura, além do quanto o paciente ainda crescerá. Na maioria dos casos de escoliose idiopática adolescente (com curvatura menores de 20 graus), o tratamento é a observação pois devem ser realizadas reavaliações clinicas e, eventualmente, radiográficas.

Coletes

Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças que estiverem em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.

Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar adequadamente cada um deles. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A melhor opção de órtese será decidida em conjunto pelo paciente e o médico.

Um colete para a coluna não reverte a curva. Em geral se utilizam mecanismos de pressão para alinhar a coluna vertebral dentro do aparelho na tentativa de evitar a progressão da deformidade. O colete deve ser ajustado com durante o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.

Cirurgia

Há também a opção da cirurgia para reparação da curvatura vertebral, mas a decisão do momento apropriado para se operar varia. Após os ossos do esqueleto cessarem o crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por causa disso, talvez o neurocirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente. Curvas de 40 graus ou mais geralmente precisam ser operadas.

A cirurgia consiste em corrigir a curva (embora não completamente) e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos até que o osso seja recuperado. Às vezes, a cirurgia é feita por meio de um corte nas costas, no abdômen ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.

Exemplo de Escoliose:



ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O que é
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) – conhecido popularmente como “derrame cerebral”.


Tipos

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) e Acidente Vascular Hemorrágico (AVCH).


Causas

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria.


O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida. O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira.

Existe outra condição chamada “Ataque Isquêmico Transitório” (AIT ou TIA, do Inglês) que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém revertem-se espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.


Principais sintomas

Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados, de acordo com a lista abaixo:

  • Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo.
  • Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão.
  • Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.
  • Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.
  • Dores de cabeça fortes e persistentes.
  • Dificuldade para engolir.


O que fazer diante da suspeita de AVC?

A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além de redução de incapacidades. Dirija-se imediatamente a um serviço hospitalar especializado. Não perca tempo! Cada minuto é importante, pois quanto mais tempo entre o surgimento dos sintomas e o início do tratamento adequado maior a lesão no cérebro.


Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

O que é

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria.

Quando não mata, o AVCI deixa sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais frequentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala.

A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte neuronal em poucas horas. Por isso, o reconhecimento dos sintomas e encaminhamento rápido ao hospital são atitudes fundamentais.


Causas

Os fatores de risco para o AVC podem ser considerados modificáveis (controlados com mudanças no estilo de vida ou medicamentos) ou não modificáveis.

O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco. Pessoas com pressão alta têm quatro a seis vezes mais chances de terem um episódio de AVC. Isso acontece por conta do enrijecimento dos vasos e aterosclerose, comuns em hipertensos, que pode levar à obstrução arterial. Os pacientes diabéticos também devem controlar as taxas de glicemia capilar e outros fatores de risco, pois o risco de isquemia é duas vezes maior se comparado ao de pessoas não diabéticas.


Sintomas
Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar e/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da musculatura do rosto ficando com a boca torta, dor de cabeça intensa e perda da coordenação motora. Os sinais acontecem de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.


Diagnóstico
O diagnóstico e tratamento precoce dependem da rapidez com que o paciente procura o serviço de emergência capacitado para o atendimento de AVC, que deve contar com equipe treinada e tomografia disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

O tempo recomendado para o diagnóstico do paciente com AVC, da entrada no setor de emergência até a confirmação por exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética) deve ser, no máximo, de 45 minutos. A tomografia é mais utilizada pela rapidez, disponibilidade e falta de contraindicações para sua realização.

Devem ser realizados também exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom Doppler de carótidas, Doppler transcraniano e exames de laboratório, com a finalidade de identificar a causa da isquemia.


Tratamento
O tratamento para a desobstrução das artérias consiste na administração de um tipo de medicamento trombolítico, que dissolve o coágulo e normaliza o fluxo sanguíneo no cérebro. Esse tratamento deve ser aplicado em até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas, aumentando assim as chances de recuperação e minimizando as sequelas e taxa de mortalidade.

O medicamento também pode ser injetado diretamente no interior do coágulo, para a destruição do trombo, por cateterismo cerebral. O procedimento, realizado em uma sala de hemodinâmica, deve ser feito em até 6 horas do início dos sintomas. Um cateter é introduzido na artéria femural (localizada na virilha), seguindo o fluxo das artérias até chegar à obstrução para aplicar o medicamento.

Existem cateteres que podem realizar a desobstrução da artéria sugando ou retirando o trombo ou coágulo de dentro do vaso. Nestes casos, chamados de terapia combinada, o medicamento pode ou não ser utilizado.

O tratamento com trombolíticos é uma realidade recente. Aprovado desde 1995, é o único disponível para este tipo de acidente cerebral. Devido aos seus critérios de exclusão, sendo o principal o tempo de 4 horas e 30 minutos, somente pacientes selecionados recebem este tratamento.

Independente da técnica, o fator fundamental para um bom resultado é o tempo. Quanto menor o tempo entre os sintomas e o tratamento, maiores as chances de recuperação.

Os cuidados realizados nos pacientes pela equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e psicólogos) são os que trazem mais benefícios para os pacientes. A prevenção de complicações como infecções e o início da reabilitação precoce são os mais importantes para todos os pacientes, trombolisados ou não.


Prevenção
É indispensável o controle da pressão arterial a níveis inferiores a 12X8 mmHg, do diabetes e dos níveis de colesterol no sangue. Os pacientes que apresentam alguma doença cardíaca devem fazer acompanhamento médico regular. Todos devem praticar exercícios físicos regulares orientados por um profissional e manter uma alimentação equilibrada.


Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

O que é
O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea).

A hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo mais comum de hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os casos de AVC.


Causas

Ocorre principalmente em decorrência da hipertensão arterial ou de uma doença chamada angiopatia amilóide. Nestas doenças, as paredes das artérias cerebrais ficam mais frágeis e se rompem, causando o sangramento.


Sintomas
Os sinais e sintomas são sempre súbitos e podem ser: fraqueza de um lado do corpo, perda da sensibilidade ou do campo visual de um ou ambos os olhos, tontura, dificuldade para falar ou para compreender palavras simples e até mesmo a perda da consciência ou crises convulsivas.


Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio da realização de exames de neuroimagem, como tomografia de crânio ou ressonância magnética, logo diante da suspeita clínica, ou seja, imediatamente na chegada ao hospital, no serviço de emergência. Estes exames demonstram a localização e o tamanho da hemorragia.


Tratamento

O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem todo o suporte clínico e de reabilitação.

O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e não realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro.

O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão arterial, complicações como crises convulsivas e infecções.

A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente.


Prevenção
​A prevenção deve ser feita pelo controle rigoroso da pressão arterial, que deve ser mantida a níveis inferiores a 120 X 80 mmHg, e evitando o consumo abusivo do álcool, que também é um importante fator de risco para esta doença.

 

Neuralgia do Trigêmeo

Neuralgia do Trigêmeo: conheça a dor crônica que afeta o rosto causando dores crônicas na face

A dor crônica começa de repente e é tão forte que não pode ser ignorada. Assim é descrita a neuralgia do trigêmeo, doença que atinge um dos maiores nervos do corpo humano.

O trigêmeo é o nervo responsável pela sensibilidade da face. É ele que nos permite sentir um toque no rosto ou uma coceira após a picada de um pernilongo. Quando esse nervo sofre alguma irritação ou dano, causa uma dor intensa, incessante e aguda. É a chamada neuralgia.

Este tipo de dor crônica costuma atingir só metade do rosto. É uma dor superforte, lancinante, que aparece subitamente e dura poucos segundos a minutos. Ela pode ser disparada por alguns gatilhos para a pessoa que está em crise. A fala, a mastigação, um vento frio, colocar algo muito gelado ou quente na boca, tocar o rosto, passar um creme ou mesmo fazer a barba podem desencadear a neuralgia do trigêmeo.

Causas da neuralgia do trigêmeo

De acordo com o neurocirurgião, as causas da neuralgia do trigêmeo podem ser idiopáticas ou secundárias.

Idiopática é quando o paciente faz a ressonância e não aparece lesão. Assim, é possível que o paciente tenha uma artéria ou uma veia próxima do trigêmeo, que quando pulsa encosta no nervo, causando os ataques de dor.

Já nas causas secundárias, o responsável pode ser um problema de saúde, como um tumor, uma infecção viral, como herpes zóster, entre outras.

O diagnóstico não é dos mais fáceis. Não é incomum que as pessoas tenham ido a diversos outros especialistas antes de chegar ao neurologista, que é quem consegue de fato definir que se trata de uma neuralgia no trigêmeo. E isso é muito ruim, porque piora a qualidade de vida do paciente, em razão de tamanha dor. A pessoa pode chegar à depressão porque vai sentir dor ao tentar falar ou ao tentar comer. É um quadro bem dramático quando a dor crônica é deflagrada. Alguns pacientes acabam indo ao dentista e podem fazer múltiplas extrações dentárias achando que é problema de dente ou uma ATM (Disfunção da Articulação Temporomandibula), e na verdade está sofrendo com uma neuralgia do trigêmeo.

Tratamento da neuralgia do trigêmeo

Embora seja uma doença que não dá pra prevenir, o tratamento da dor crônica é bastante eficaz.

O tratamento da neuralgia do trigêmeo começa com medicação sempre, e é bastante eficiente. Mas, ao longo do tempo, 50% dos pacientes vão precisar de algum procedimento cirúrgico. Quando a medicação não controla mais a crise ou causa efeito um colateral muito ruim na pessoa, aí está na hora de operar.

São 5 os tipos de procedimentos cirúrgicos existentes para esses casos: descompressão microvascular, rizotomia por balão, rizotomia por radiofrequência, rizotomia por glicerol ou radiocirurgia.

Apenas o especialista, neurologista ou neurocirurgião, que acompanha o caso da pessoa, pode indicar a cirurgia correta, porque depende de vários fatores. Com o procedimento ideal, a pessoa pode ter uma melhora significativa. O resultado é muito bom e 80% a 90% dos pacientes respondem, no entanto eles podem ter recidiva para a dor.

As crises de dores variam bastante. Às vezes, a pessoa passa meses e anos sem nenhuma crise e, às vezes, tem dois ataques por dia ou dois por semana. Mas quando há um estado de crise, o paciente pode ter muitas crises por dia, 10, 15, 20, porque há sensibilidade e o menor dos motivos pode disparar uma crise.


Cirurgia Minimamente Invasiva

A cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo, mas suficiente para resolver o problema. Os vários benefícios são: cicatriz cirúrgica reduzida, menos dor pós-operatória, menor taxa de complicações, recuperação mais rápida, alta hospitalar precoce, retorno mais rápido as atividades habituais e maior conforto do paciente.

A utilização de equipamentos cirúrgicos modernos como o microscópio, a endoscopia e técnicas percutâneas possibilitam o avanço contínuo da cirurgia minimamente invasiva. No entanto, algumas técnicas consideradas minimamente invasivas tem sido utilizadas sem que haja comprovação científica de sua superioridade em relação às cirurgias convencionais. Todos os benefícios citados acima devem ser considerados para que a técnica seja eficaz e minimamente invasiva, ou seja, nada adianta a cicatriz não aparecer se a doença não for tratada.

Na Clínica Dr. Daniel Gil, estamos aptos a realizar tanto os procedimentos modernos quanto os convencionais. Somos partidários do avanço tecnológico e, principalmente da individualização de cada caso, escolhendo a melhor cirurgia para cada paciente e nunca escolhendo o paciente para determinada cirurgia.



O QUE É HÉRNIA DE DISCO

A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1).

Na maioria dos casos, os sintomas melhoram naturalmente com três meses, mas podem ser auxiliados com tratamentos clínicos e fisioterapêuticos. Mesmo o paciente se sentindo bem sem tratamento, é importante que ele faça um programa de tratamento voltado para a funcionalidade normal da coluna e para o seu fortalecimento. As pesquisas são categóricas: após os primeiros sintomas de dores nas costas, os músculos que protegem a coluna vertebral começam a ficar fracos e atrofiados.

A população precisa saber que essa doença não tem cura. As pessoas melhoram da dor, voltam a ter uma vida normal na maioria das vezes, mas é bom deixar claro que o repouso e os medicamentos não devolvem a funcionalidade nem fortalecem os músculos que ficaram fracos com a doença. Acreditamos que esse seja um dos principais motivos de tantas dores recorrentes na coluna vertebral. Assim, se você teve um episódio de dor severa na coluna e esses sintomas permaneceram por mais de três meses, provavelmente outros virão. Essa regra vale para 100% dos casos. Portanto, o segredo é fazer uma atividade física em locais adequados e com profissionais especializados.


SURGIMENTO DA HÉRNIA DE DISCO

A palavra “hérnia” significa projeção ou saída por meio de uma fissura ou orifício de uma estrutura contida. O disco intervertebral é uma estrutura fibrosa e cartilaginosa que contém um líquido gelatinoso no seu centro, chamado núcleo pulposo. O disco fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Esse anel fibroso, quando fissura ou está desgastado, permite que o líquido gelatinoso que está mantido no seu centro realize uma expansão ou abaulamento da sua estrutura e também pode se extravasar. Quando esse fenômeno ocorre em pequenas proporções, chamamos protusão discal. Se a lesão no anel fibroso que mantém o núcleo for grande, o líquido contido no núcleo poderá sair para o meio externo e, quando isso acontece, o disco poderá diminuir de volume, achatando-se. Por isso, chamamos de hérnia de disco. Dependendo do local da saída desse “gel”, o paciente poderá sentir fortes dores ou não. Com esse conceito, fica claro que o importante é saber qual é a localização da hérnia de disco, e não o seu tamanho.

QUAIS SÃO AS FASES DA HÉRNIA DE DISCO?


Existem 4 fases da hérnia de disco, variando de acordo com o tipo de lesão causada.


1ª Fase – Abaulamento Discal: Nesta etapa tem início, de fato, a patologia. É quando o disco intervertebral, começa a apresentar fissuras em suas fibras, levando o disco à forma de arco.


2ª Fase – Protusão Discal: O abaulamento já é maior, podendo atingir até mesmo os nervos, a medula e o saco dural (canal medular). Nessa fase, normalmente tem início a degeneração discal. A doença está em estágio mais avançado.


3ª Fase – Hérnia de Disco: É a fase onde ocorre a extrusão do disco intervertebral, já em estágio avançado de degeneração. O núcleo pulposo migra de sua posição normal no centro do disco para a periferia, levando à compressão das raízes nervosas e caracterizando a hérnia de disco.


4ª Fase – Sequestro ou Fragmento: É quando a parte do disco que se encontrava extruso se separa do disco, comprometendo ainda mais as estruturas nervosas. Essa é a etapa mais rara, mas que dependendo da posição do fragmento pode gerar efeitos graves, sendo necessários tratamentos que promovam a descompressão das estruturas afetadas, retirando-se o fragmento da hérnia.


Como é feito o Diagnóstico da Hérnia de Disco?


O diagnóstico inicial é clínico, feito a partir da avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente, e pode ser acompanhado de exames neurológicos. Outros exames como Raio X, tomografia e ressonância magnética podem ser solicitados para que seja possível localizar a hérnia de disco na coluna, e definir a extensão da lesão.


Sintomas Mais Comuns da Hérnia de Disco


O indivíduo portador de hérnia de disco apresenta alguns sintomas comuns, porém, em alguns casos a doença pode ser assintomática, ou seja, o indivíduo não manifesta nenhum sintoma da patologia. Pacientes sintomáticos podem apresentar formigamento, perda de sensibilidade nos membros e dores que podem variar de intensidade, podendo incapacitar o indivíduo.

Share by: